O envelhecimento prematuro é uma das características da Síndrome de Down, podendo  comprometer seriamente o estado de saúde destes indivíduos. O envelhecimento humano tem sido associado a maior estresse oxidativo, redução da imunidade e uma deterioração do microbiota ou flora intestinal.

A flora intestinal saudável é vital para a saúde intestinal, formação do bolo fecal, manutenção da imunidade, síntese de vitaminas e ácidos graxos de cadeia curta e redução do risco de câncer colorretal. A microbiota varia durante a vida podendo estar desequilibrada por fatores como o uso frequente de antibióticos ou laxantes, pela intoxicação por metais pesados, por cirurgias ou colonoscopias, pelo estresse ou pela dieta inadequada.

O desequilíbrio da microbiota reduz a imunidade, aumenta o risco de diabetes, obesidade, perda de cabelo, eczema, seborréia, anemia, distúrbios gastrointestinais, respiratórios e auto-imunes. Assim, o microbioma intestinal de pessoas com síndrome de Down deve ser mantido equilibrado visto que pode ser estratégico para neutralizar fatores que conduzem ao envelhecimento do corpo e do sistema imunológico.

Biagi e colaboradores (2014) compararam a estrutura da microbiota de 17 pessoas com síndrome de Down (SD) à microbiota de adultos jovens saudáveis com idades entre 20 e 40 anos. No estudo a microbiota dos dois grupos foi bastante similar. Contudo, como a idade dos sujeitos com SD avaliados foi inferior a 35 anos o estudo não permite concluir que em idades mais avançadas o mesmo se manteria.

Embora a estrutura da microbiota geral das pessoas com SD fosse comparável à de indivíduos saudáveis, os autores observaram diferenças significativas entre os grupos subdominantes. Em particular, pessoas com SD possuíam mais Parasporobacterium e Sutterella e menos Veillonellaceae. O aumento de Sutterella e a redução de Veillonellaceae têm sido descrito em crianças autistas com sintomas gastrointestinais. No estudo com adultos com SD a abundância de Sutterella foi positivamente correlacionada com comportamentos poucos adaptados ou aberrantes, similares aos observados no autismo (Biagi et al., 2014).

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